Rodrigo de Melo Teixeira, ex-diretor da Polícia Federal (PF), foi preso hoje pela Polícia Federal no âmbito da Operação Rejeito, que apura suspeitas de corrupção, lavagem de dinheiro e facilitação de crimes ambientais ligados ao setor de mineração em Minas Gerais.
Teixeira ocupou o cargo de Diretor de Polícia Administrativa da PF no início da gestão do diretor-geral Andrei Rodrigues. Deixou o cargo no final de 2024. Atualmente, exercia a função de Diretor de Administração e Finanças do Serviço Geológico do Brasil (SGB).
As acusações
Segundo as investigações:
Rodrigo é suspeito de negociar direitos minerários com apoio de uma organização criminosa que atuava em Minas Gerais.
Embora não conste formalmente como sócio em algumas empresas, estaria atuando como administrador de fato de sociedades empresariais envolvidas com mineração. O esquema investigado teria movimentado valores da ordem de R$ 1,5 bilhão em lucros indevidos.
Também há indícios de que ele utilizava seu prestígio na PF para influenciar investigações, de modo a favorecer interesses particulares.
Operação Rejeito
A operação envolve mandados de prisão preventiva, mandados de busca e apreensão, bloqueios de bens e afastamento de servidores públicos.
Também há órgãos federais e estaduais envolvidos na investigação, como a Agência Nacional de Mineração (ANM), órgãos ambientais e secretarias de meio ambiente de Minas Gerais.
A prisão de Teixeira evidencia preocupação do Estado com corrupção ligada ao licenciamento ambiental e à exploração irregular de recursos naturais.
Há repercussão política, dado o histórico de Teixeira dentro da PF e no setor ambiental. A atuação dele em cargos estratégicos torna o caso relevante para o debate sobre integridade institucional.
