O Governo Federal reconheceu oficialmente a situação de emergência em Porto Franco (MA), após a queda da ponte que ligava o município ao vizinho Tocantinópolis (TO), sobre o rio Tocantins. A medida, publicada no Diário Oficial da União, possibilita o envio de recursos federais e a adoção de ações emergenciais para minimizar os impactos causados pelo colapso da estrutura.
Ponte era vital para a região
A ponte, que desabou recentemente, era uma das principais vias de ligação entre o Maranhão e o Tocantins. O tráfego intenso de caminhões e veículos leves fazia dela um eixo fundamental para o escoamento da produção agrícola, além de ser rota de deslocamento diário de trabalhadores, estudantes e moradores da região.
Com a queda, a travessia passou a ser feita por balsas, o que aumentou o tempo de viagem e os custos logísticos. Comerciantes locais já relatam dificuldades no transporte de mercadorias e risco de desabastecimento de alguns produtos.
Reconhecimento da emergência
O reconhecimento da situação de emergência permite que a prefeitura de Porto Franco solicite apoio da Defesa Civil Nacional para ações de resposta, assistência humanitária e reconstrução de infraestrutura danificada.
Segundo a Portaria, o município poderá receber recursos de forma mais rápida e sem burocracia para medidas como transporte de insumos, abastecimento emergencial e restabelecimento de serviços essenciais.
Impactos sociais e econômicos
Além do prejuízo ao transporte, a queda da ponte impacta diretamente o turismo, a circulação de trabalhadores e a integração regional. Agricultores e empresários afirmam que os custos de logística aumentaram consideravelmente, afetando a competitividade da produção local.
Moradores também se preocupam com o tempo necessário para a reconstrução da ponte e temem que a demora agrave ainda mais a situação.
Próximos passos
O Governo Federal ainda não anunciou um cronograma para obras de reconstrução da ponte, mas já articula junto ao Governo do Maranhão medidas emergenciais de mobilidade para a região. Enquanto isso, balsas e rotas alternativas devem ser as principais opções de travessia.
A população aguarda que a solução definitiva seja tratada como prioridade, diante da importância estratégica da ponte para o desenvolvimento regional e para a qualidade de vida dos moradores de Porto Franco e cidades vizinhas.
Oito meses após a tragédia, das 18 pessoas que atravessavam a estrutura da ponte no momento do colapso, três ainda não foram encontradas. As vítimas que ainda não foram localizadas são Salmon Alves Santos, de 65 anos, Felipe Giuvannuci Ribeiro, 10 anos, e Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos.
Alessandra do Socorro Ribeiro, de 40 anos, que também morreu no acidente, era esposa de Salmon e avó de Felipe. O corpo dela foi o último a ser encontrado pelas equipes de resgate.
No momento em que a ponte desabou, o casal e a criança, que moravam em Palmas, seguiam para o Maranhão, para passar o Natal com a família de Alessandra. Foto abaixo:

