Megaoperação no Rio de Janeiro deixa quatro policiais mortos e mais de 60 mortos nos Complexos do Alemão e da Penha
Wallyson Pereira 
Ação conjunta entre Polícia Civil e Militar mobilizou mais de 2.500 agentes e resultou na maior apreensão de armas do ano; nomes dos policiais mortos foram divulgados
Na manhã de 28 de outubro de 2025, o Rio de Janeiro foi palco de uma das maiores operações de segurança da história recente do estado. A ação conjunta entre Polícia Civil, Polícia Militar e BOPE teve como alvo criminosos ligados à facção Comando Vermelho, nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital fluminense.
De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública, cerca de 2.500 agentes participaram da operação. O objetivo era cumprir dezenas de mandados de prisão contra líderes e integrantes da facção, além de apreender armas e drogas.
A operação, no entanto, terminou de forma trágica: 64 pessoas morreram, entre elas quatro policiais, e outras dezenas ficaram feridas. A ação também resultou na apreensão de um verdadeiro arsenal — mais de 90 fuzis, munições e veículos roubados foram encontrados em diferentes pontos das comunidades.
Os policiais mortos em combate
Durante o confronto, quatro agentes das forças de segurança perderam a vida no cumprimento do dever. Eles foram identificados como:
Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho (51 anos) – policial civil lotado na 53ª Delegacia de Polícia (Mesquita).
Rodrigo Velloso Cabral (34 anos) – policial civil da 39ª DP (Pavuna), com apenas dois meses de serviço na corporação.
Cleiton Serafim Gonçalves (42 anos) – sargento do BOPE, ingressou na Polícia Militar em 2008.
Heber Carvalho da Fonseca (39 anos) – também sargento do BOPE, com 14 anos de serviço, deixa esposa, dois filhos e um enteado.
Os quatro agentes foram homenageados por colegas e por diversas instituições de segurança de todo o país. O governo do Rio de Janeiro decretou luto oficial de três dias.
