Estudantes da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul) fizeram uma descoberta promissora para o futuro da agricultura: uma nova bactéria batizada de Mycobacterium agroflorensis.
O microrganismo foi isolado no Laboratório Magno Urbano, durante experimentos com um biofertilizante orgânico. De forma inesperada, a interação entre resíduos industriais e fungos deu origem a novas cepas ainda não registradas — entre elas, a que pode se tornar uma grande aliada do campo.
🧪 O que a Mycobacterium agroflorensis faz?
Os testes iniciais mostraram que a bactéria não é patogênica e atua liberando nutrientes fundamentais para o crescimento saudável das plantas, como:
Nitrogênio
Fósforo
Potássio
Ferro
Vitaminas essenciais
Ensaios realizados em laboratório e em estufas apresentaram ótimos resultados em culturas de milho, feijão e mandioca.
🚜 Da bancada ao campo
O projeto, coordenado pelo professor Zilmar Timóteo Soares, já passou por análises microbiológicas, sequenciamento genético e testes em ambientes controlados. Agora, a próxima etapa será levar a bactéria para o solo, avaliando sua eficiência diretamente no campo.
👩🔬 Jovens cientistas em ação
Além do professor, a pesquisa conta com a participação dos estudantes Luis Gustavo Neres, Carlos Fonseca Sampaio e Marinete Neres Ferreira, integrantes do programa de extensão Cientista Aprendiz, que desde 2017 estimula a iniciação científica de alunos do Ensino Fundamental e Médio.
Um destaque especial é o estudante Luis Gustavo Neres, do 3º ano do Ensino Médio da Escola Santa Teresinha, que apresentará o projeto na Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), entre 27 e 31 de outubro, em Novo Hamburgo (RS).
🌍 Ciência jovem, impacto global
A descoberta da Mycobacterium agroflorensis mostra como a união entre ensino, pesquisa e extensão pode gerar soluções inovadoras para uma agricultura mais sustentável e produtiva.
