A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (13) a terceira fase da Operação Fake Agents, que investiga um esquema de desvio de valores do FGTS de jogadores, ex-jogadores e treinadores de futebol. Nesta etapa, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, incluindo três endereços ligados a funcionários da Caixa Econômica Federal e uma agência do banco no Centro da cidade. A ação apura a participação de bancários que teriam facilitado saques fraudulentos por meio de documentos falsificados.
De acordo com a PF, o grupo criminoso teria desviado cerca de R$ 7 milhões, utilizando contas abertas indevidamente em nome das vítimas. A investigação aponta que uma advogada, já identificada e com a carteira da OAB suspensa, seria a responsável por coordenar o esquema. Entre os atletas lesados estariam nomes conhecidos do futebol, como Paolo Guerrero, Gabriel Jesus, Ramires, Cueva e Titi.
As apurações tiveram início após a detecção de movimentações suspeitas em uma conta vinculada ao FGTS de um jogador. A PF segue analisando documentos e dados bancários apreendidos para identificar todos os envolvidos. A Caixa Econômica Federal informou que colabora com as investigações e pode abrir processos administrativos internos. Os investigados poderão responder por falsificação de documentos públicos, estelionato e associação criminosa.

As investigações indicam que Joana Prado, com forte ligação ao meio esportivo, trabalhou por 12 anos no Botafogo, foi diretora jurídica do clube, integrou o Tribunal de Justiça Desportiva do Rio e a Comissão de Direito Desportivo da OAB-RJ, da qual foi suspensa. A Polícia Federal investiga se ela usou essas posições para obter procurações e realizar saques indevidos.

